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O teste de fusão nuclear com lasers gerou mais energia do que consumiu, revelaram os cientistas.

Em 2022, uma equipa de cientistas do Centro Nacional de Ignição dos Estados Unidos alcançou um feito inédito: realizaram com sucesso um experimento de fusão a laser que gerou mais energia do que a que foi consumida. Apesar de constituir um marco histórico, as descobertas careciam ainda de revisão por parte de outras equipas de cientistas que não estiveram envolvidas no projeto.

Cerca de um ano depois, cientistas independentes realizaram uma análise peer-review e confirmaram que o experimento de fusão nuclear de facto produziu mais energia do que consumiu. Durante o experimento de 2022, os cientistas utilizaram um laser e consumiram aproximadamente 2,05 megajoules (MJ) de energia, mas conseguiram produzir 3,15 MJ, o que significa que a energia produzida foi cerca de 1,5 vezes superior à energia consumida. Para conduzir os testes, a equipa bombardeou uma cápsula contendo 220 microgramas de deutério e trítio com 192 lasers de alta potência, alcançando uma temperatura de 151 milhões de graus Celsius.

"A conquista é fruto de mais de cinco décadas de investigação e prova que a fusão nuclear em laboratório, fundamentada em princípios básicos da física, é viável. Este relatório descreve os avanços no alvo, no laser, no design e na experimentação que conduziram a este resultado... A busca pela fusão nuclear em laboratório e a possibilidade de uma fonte de energia praticamente ilimitada, com baixas emissões de carbono e baixa radiação, provavelmente iniciou-se na década de 1920, pouco depois de Harkins, Perrin e Eddington terem conjecturado a fusão autossustentável do hidrogénio como o principal processo energético do Sol", descreve o novo artigo.

O novo artigo apresenta os detalhes que permitiram o sucesso dos experimentos, demonstrando como os cientistas atingiram o 'ponto de equilíbrio' na tecnologia de fusão. Em experiências mais recentes, os investigadores indicam que outros disparos de laser produziram até 3,88 MJ, enquanto apenas consumiram 2,05 MJ, aproximadamente 1,9 vezes a energia consumida.

O objetivo do estudo é viabilizar a produção de energia limpa, uma solução que pode ajudar a reduzir as emissões de gases de efeito estufa na Terra. No entanto, é importante ressaltar que os testes realizados são apenas experimentos laboratoriais, o que significa que a aplicação prática das reações de fusão a laser ainda está longe de ser uma realidade comercial.

"As aplicações de energia de fusão inercial que exigem avanços no esquema subjacente necessitam de mais desenvolvimento, como o uso de energia de laser, taxa de disparo, robustez do alvo, níveis mais altos de compressão do combustível e custo. No entanto, o resultado relatado aqui demonstra que é possível alcançar uma maior relação de ganho num sistema de escala laboratorial", explica o artigo.

Fevereiro 07 2024

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